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Foto do escritorKatia Bassichetto

Ecos do 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia - Rio de Janeiro, 2024

Atualizado: 2 de dez.

O 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia terminou ontem, dia 27, no Rio de Janeiro. Desde o dia 23 tivemos a oportunidade de mergulhar no tema “A epidemiologia e a complexidade dos desafios sanitários”. O evento reuniu pesquisadores e profissionais de saúde de todo o Brasil e também internacionais para discutir a contribuição da epidemiologia para vencer os desafios e promover avanços na saúde pública.


Uma das presidentes do EPI 2024 foi a Profª Claudia Leite de Moraes, do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Ela participou da mesa de abertura e proferiu a conferência de encerramento: "Epidemiologia e Vigilância em Saúde: Sinergias e Desafios em um Mundo em Transformação". A Profª Claudia participa como pesquisadora em um dos estudos que o NUDHES está desenvolvendo atualmente. Foi uma grata satisfação conhecer mais dos seus desafios.


Turma do Curso DAGs

Participei de um curso pré-congresso ministrado pelo Prof. Antônio Augusto Moura da Silva, da Universidade Federal do Maranhão, onde aprendi a elaborar Directed Acyclic Graphs (DAGs), utilizado para montarmos o modelo teórico de uma futura análise estatística.




Apresentação

Apresentei o trabalho intitulado “Acesso e uso de serviços de saúde no SUS por mulheres trans que soroconverteram ao HIV” em uma Comunicação Coordenada que reuniu pesquisadores para discutir o tema “Situação Epidemiológica do HIV/Aids e outras IST”. Este trabalho analisou dados de mulheres trans e travestis participantes do projeto “Manas por Manas”, realizado em São Paulo. Além disso, apresentei o pôster intitulado “Infecções Sexualmente Transmissíveis entre mulheres trans usuárias de PrEP”, baseado nos dados do estudo TransOdara, que incluiu 1.317 mulheres trans e travestis de cinco capitais brasileiras.


Além da minha participação no EPI 2024, a coordenadora do nosso grupo, a Professora Dra. Maria Amélia Veras, também esteve presente, contribuindo em diferentes momentos. Ela ministrou o curso pré-congresso “Revisão de artigos científicos”, participou da mesa “Vulnerabilidades (In)Visíveis: Epidemiologia das violências contra a população trans” e coordenou a mesa “Epidemia de HIV/AIDS, tecnologias de prevenção e as novas gerações: tendências e oportunidades para a resposta à epidemia”, abordando reflexões importantes sobre a saúde da população LGBT+ e os desafios enfrentados nesse campo.


Eu e Maria Amélia
Na apresentação da Maria Amélia



Maria Amélia ao lado do professor Maurício Barreto, professora Rita Barata Barradas e Ana Paula França
Da esquerda para a direita: Danielle Bivanco Lima, Ione Aquemi Guibu, eu, Maria Amélia, Ana Paula França, Manoela Alves Algodres, Gislaine Vançan, Alice Tiem


Gleiciane Bueno da Silva Luiz e Iuri Cabral

Durante o evento, aproveitei a oportunidade para me reunir com pesquisadores de diversas instituições nacionais e internacionais, especialmente os que compuseram a delegação do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa. Na minha área de formação – graduação em Nutrição – conheci dois pesquisadores nutricionistas, Gleiciane Bueno da Silva Luiz e Iuri Cabral, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), durante uma mesa sobre “Insegurança Alimentar: prevalência, determinantes, impacto, papel da atenção primária e políticas públicas exitosas”. Eles estão atuando em pesquisas sobre insegurança alimentar na população trans. Essa aproximação foi muito oportuna, uma vez que tenho estudado sobre insegurança alimentar junto com a nutricionista Isis Gois, da UNIFESP, utilizando dados do Mapeamento da População Trans da Baixada Santista.


Entre os diversos temas abordados no congresso, destaco as conferências:

  • "A epidemiologia e os epidemiologistas diante da crescente complexidade dos desafios na saúde", pelo Prof. Maurício Lima Barreto, médico, Professor Emérito da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pesquisador da FIOCRUZ-Bahia.

  • “Desvelando iniquidades: o papel da epidemiologia no enfrentamento do racismo”, pela Profª Joilda Silva Nery, biomédica e professora adjunta do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA. A Profª Joilda atua em projetos voltados à avaliação do impacto de intervenções públicas em doenças relacionadas à pobreza no Brasil, com destaque para sua atuação na Saúde da População Negra.


Também destaco:

  • Mesa-redonda: “Cenário e Determinantes das Desigualdades Sociais em Saúde”

  • Comunicação Coordenada com o tema: “Determinantes socioeconômicos e de saúde ao longo da vida: análise de mortalidade, saúde mental e estado nutricional”, onde uma das palestrantes apresentou o estudo “Problemas de saúde mental e cortisol capilar na coorte de nascimentos de Pelotas de 2004”.No NUDHES, também desenvolvemos uma pesquisa com temática semelhante, focada em mulheres trans e travestis.

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